Reagir já!!!
Esta edição de Página 13 de
agosto foi concluída entre a segunda prisão de José Dirceu e o abraço que a
militância deu ao Instituto Lula, vítima de atentado terrorista. Neste mesmo
dia, a FIESP e a FIERJ divulgaram nota de apoio ao – falemos
claramente—oferecimento golpista feito pelo vice Michel Temer.
Os dois últimos fatos são abordados, direta ou
indiretamente, nos textos desta edição. Quanto ao primeiro fato, os leitores
conhecem a opinião que temos sobre os graves erros cometidos pelo nosso Partido
dos Trabalhadores, na linha estratégica geral, na relação com o oligopólio da
comunicação, nas alianças com setores da direita e do capital.
Os leitores também conhecem nossa opinião acerca dos efeitos do financiamento empresarial, tanto na política em geral, quanto no PT em particular.
Assim como deve recordar-se que, já em 2005, defendemos comissão de ética e punição para os envolvidos em atos de corrupção.
Além disso, é pública e notória nossa crítica ao retardo e à timidez com que setores do Partido fazem autocrítica e mudam sua atitude frente a estes erros.
Os leitores também conhecem nossa opinião acerca dos efeitos do financiamento empresarial, tanto na política em geral, quanto no PT em particular.
Assim como deve recordar-se que, já em 2005, defendemos comissão de ética e punição para os envolvidos em atos de corrupção.
Além disso, é pública e notória nossa crítica ao retardo e à timidez com que setores do Partido fazem autocrítica e mudam sua atitude frente a estes erros.
Retardo e timidez que facilitaram a manipulação, a
hipocrisia e a ilegalidade que caracterizam a atitude frente à corrupção por
parte da oposição de direita, do oligopólio da mídia e dos setores
conservadores do judiciário.
Falamos bastante a respeito deste assunto, nas edições que circularam durante e logo após a Ação Penal 470. E a tendência petista Articulação de Esquerda dedicou ao tema uma das resoluções de seu recente congresso: "o PT e a luta contra a corrupção".
Isto posto, agora achamos suficiente repetir o que diz a resolução que no momento do fechamento desta edição estava sendo debatida pela direção nacional da AE, acerca da segunda prisão de Dirceu:
"1.O juiz Moro mandou prender José Dirceu com base em acusações que teriam sido feitas no âmbito de delações premiadas, no curso da chamada Operação Lava Jato;
2.José Dirceu já estava submetido a severas restrições, devido a sua condição de condenado na AP 470. Suas atividades políticas e profissionais já foram submetidas a total esquadrinhamento. E poderia ser convocado a depor a qualquer momento. Portanto, sua prisão não tem nenhuma relação com as necessidades da investigação realizada no âmbito da Operação Lava Jato;
3.A decisão do juiz Moro, de mandar prender José Dirceu, está relacionada a motivações políticas. Não por acaso ela ocorre na véspera de um programa de televisão do PT, pouco antes da mobilização das forças da direita convocada publicamente pelo PSDB e quando o ainda solto Eduardo Cunha retoma suas atividades desestabilizadoras;
4.O sentido político da prisão de José Dirceu, entretanto, transcende a agenda político-midiática deste mês de agosto. O objetivo principal é outro: trata-se de um passo a mais no sentido de tentar criminalizar o ex-presidente Lula;
5.Não por acaso a prisão coincide com declarações amplamente divulgadas do ex-presidente FHC, cujo objetivo é claro: exigir a capitulação do PT e atacar o ex-presidente Lula;
6. Ao mesmo tempo, a grande mídia deixa de lado ou empurra para baixo do tapete os escândalos que a envolvem (Swissleaks-HSBC) e o teor das delações premiadas que incriminam fortemente Aécio Neves, Aloysio Nunes, FHC e outras lideranças do PSDB. O que deixa ainda mais à vontade o juiz Moro para agir seletivamente ao decidir quem será indiciado ou preso;
7.Por tudo isto, reiteramos nossa opinião, já manifesta em documentos divulgados nos dias 18 de julho ("No olho do furacão") e 1 de agosto ("É preciso reagir, já!!!"): a direção nacional do Partido dos Trabalhadores e o governo encabeçado pela presidenta Dilma precisam sair da postura de espectadores e convocar uma mobilização em defesa das liberdades democráticas. Mobilização que só terá capacidade de convocatória junto aos setores populares se for acompanhada de uma mudança imediata e total na política econômica;
8.Os graves erros cometidos pelo PT (na estratégia, na relação com o oligopólio da comunicação, com setores da direita e do capital, ao aceitar receber financiamento empresarial, bem como no retardo e na timidez com que setores do Partido fazem autocrítica e mudam sua atitude frente a estes erros) facilitam a ofensiva conservadora. Mas neste momento, prosseguir com tal incoerência, passividade e vacilação não seria apenas um grave erro: constituiriam criminoso suicídio;
9.A Operação Lava Jato não é mais uma investigação judicial. É uma operação política, cujo alvo principal é o PT. Esperamos que a direção nacional do PT se manifeste a respeito destes temas e, principalmente, que convoque uma jornada nacional de mobilização. Antes que seja tarde".
Falamos bastante a respeito deste assunto, nas edições que circularam durante e logo após a Ação Penal 470. E a tendência petista Articulação de Esquerda dedicou ao tema uma das resoluções de seu recente congresso: "o PT e a luta contra a corrupção".
Isto posto, agora achamos suficiente repetir o que diz a resolução que no momento do fechamento desta edição estava sendo debatida pela direção nacional da AE, acerca da segunda prisão de Dirceu:
"1.O juiz Moro mandou prender José Dirceu com base em acusações que teriam sido feitas no âmbito de delações premiadas, no curso da chamada Operação Lava Jato;
2.José Dirceu já estava submetido a severas restrições, devido a sua condição de condenado na AP 470. Suas atividades políticas e profissionais já foram submetidas a total esquadrinhamento. E poderia ser convocado a depor a qualquer momento. Portanto, sua prisão não tem nenhuma relação com as necessidades da investigação realizada no âmbito da Operação Lava Jato;
3.A decisão do juiz Moro, de mandar prender José Dirceu, está relacionada a motivações políticas. Não por acaso ela ocorre na véspera de um programa de televisão do PT, pouco antes da mobilização das forças da direita convocada publicamente pelo PSDB e quando o ainda solto Eduardo Cunha retoma suas atividades desestabilizadoras;
4.O sentido político da prisão de José Dirceu, entretanto, transcende a agenda político-midiática deste mês de agosto. O objetivo principal é outro: trata-se de um passo a mais no sentido de tentar criminalizar o ex-presidente Lula;
5.Não por acaso a prisão coincide com declarações amplamente divulgadas do ex-presidente FHC, cujo objetivo é claro: exigir a capitulação do PT e atacar o ex-presidente Lula;
6. Ao mesmo tempo, a grande mídia deixa de lado ou empurra para baixo do tapete os escândalos que a envolvem (Swissleaks-HSBC) e o teor das delações premiadas que incriminam fortemente Aécio Neves, Aloysio Nunes, FHC e outras lideranças do PSDB. O que deixa ainda mais à vontade o juiz Moro para agir seletivamente ao decidir quem será indiciado ou preso;
7.Por tudo isto, reiteramos nossa opinião, já manifesta em documentos divulgados nos dias 18 de julho ("No olho do furacão") e 1 de agosto ("É preciso reagir, já!!!"): a direção nacional do Partido dos Trabalhadores e o governo encabeçado pela presidenta Dilma precisam sair da postura de espectadores e convocar uma mobilização em defesa das liberdades democráticas. Mobilização que só terá capacidade de convocatória junto aos setores populares se for acompanhada de uma mudança imediata e total na política econômica;
8.Os graves erros cometidos pelo PT (na estratégia, na relação com o oligopólio da comunicação, com setores da direita e do capital, ao aceitar receber financiamento empresarial, bem como no retardo e na timidez com que setores do Partido fazem autocrítica e mudam sua atitude frente a estes erros) facilitam a ofensiva conservadora. Mas neste momento, prosseguir com tal incoerência, passividade e vacilação não seria apenas um grave erro: constituiriam criminoso suicídio;
9.A Operação Lava Jato não é mais uma investigação judicial. É uma operação política, cujo alvo principal é o PT. Esperamos que a direção nacional do PT se manifeste a respeito destes temas e, principalmente, que convoque uma jornada nacional de mobilização. Antes que seja tarde".
Este bordão tem sido recorrente em
várias edições de Página 13: antes que seja tarde.
Os textos contidos nesta edição de agosto de 2015, cada qual a seu jeito,
reforçam isto: desde a análise acerca da pauta parlamentar após o recesso, a
entrevista com João Pedro Stédile acerca da "frente Brasil", o
posicionamento de vários candidatos à direção da Juventude Petista, a situação
dos funcionários públicos federais e dos professores do Rio de Janeiro, a
opinião acerca dos editais lançados pelo ministério da Cultura e um balanço do
governo de Mossoró... ao analisarmos cada um destes assuntos, fica evidente o
que é indicado pelas resoluções da AE transcritas nesta edição: é preciso
reagir, já!!!
Os editores
Nenhum comentário:
Postar um comentário