Acreditem ou não, está na página 134 da edição de 5 de novembro de 2014 da revista Veja: "O Brasil, por decisão da metade e mais um pouco dos seus eleitores, foi mantido sob o comando de pessoas moralmente primitivas, que acabam de ser premiadas por levar a atividade política à fronteira do crime".
A frase é de autoria do senhor J.R.Guzzo, responsável pela coluna de opinião que "fecha" cada edição do panfleto semanal do PSDB..
Outra destaque desta edição de Veja é o "Manual de sobrevivência no segundo mandato", que abre com o seguinte raciocínio: "A reeleição de Dilma Rousseff dará ao PT dezesseis anos ininterruptos no Palácio do Planalto. Especialistas apontam os riscos dessa situação, inédita na história da democracia brasileira, e sugerem formas de se proteger de seus efeitos deletérios".
Se há "ineditismo", ele é muito maior do que os quatro mandatos presidenciais contínuos do PT.
Afinal, vivemos no mais longo período ininterrupto de democracia eleitoral da história do Brasil.
O anterior durou cerca de dezoito anos, de 1946 a 1964, Este, a depender da conta, tem pelo menos 25 anos.
Interessante, não?
Mais tempo de democracia eleitoral e, como que "por acaso", a esquerda consegue chegar e continuar no governo federal.
Setores da oposição de direita acham que isto pode não durar muito.
Segundo Rubens Ricúpero (aquele do que é ruim a gente esconde), "a última coisa de que precisávamos era de uma sociedade rachada ao meio, polarizada e radicalizada. Como tivemos nos dois anos e meio de paralisia antes do golpe militar". (FSP, 27/10)
A oposição de direita faz este tipo de ameça & chantagem e ainda acham que os "moralmente primitivos" somos nós???
Mas nem tudo são pedras.
Veja nos brindou também com uma frase de Winston Churchill: "Os problemas da vitória são mais agradáveis do que aqueles da derrota, mas não são menos difíceís".
Tão difíceis, que geram realinhamentos políticos e teóricos surpreendentes.
Recentemente, um intelectual vinculado à esquerda da esquerda escreveu um texto cheio de moderação, acerca do tema reforma política & Constituinte exclusiva.
E um intelectual vinculado à esquerda moderada do PT publicou num semanário paulista texto em que critica as atitudes de Dilma na semana pós-eleição, pedindo coerência e radicalização.
Sob imensa pressão da direita, com um governo e uma esquerda (não apenas o PT, mas toda a esquerda) que precisam trocar de roda com o carro andando (ou seja, trocar de estratégia sem desacumular o que conseguimos até agora), é inevitável que haja muita confusão no próximo período.
O que não podemos esquecer, mesmo em meio a confusão, é que o lado de lá nos acha moralmente primitivos. E, portanto, fará de tudo para semear a confusão, a cizânia e o desalento entre nós. Assim, façamos como os primitivos: em caso de dúvida, nos guiemos pelo faro.
A frase é de autoria do senhor J.R.Guzzo, responsável pela coluna de opinião que "fecha" cada edição do panfleto semanal do PSDB..
Outra destaque desta edição de Veja é o "Manual de sobrevivência no segundo mandato", que abre com o seguinte raciocínio: "A reeleição de Dilma Rousseff dará ao PT dezesseis anos ininterruptos no Palácio do Planalto. Especialistas apontam os riscos dessa situação, inédita na história da democracia brasileira, e sugerem formas de se proteger de seus efeitos deletérios".
Se há "ineditismo", ele é muito maior do que os quatro mandatos presidenciais contínuos do PT.
Afinal, vivemos no mais longo período ininterrupto de democracia eleitoral da história do Brasil.
O anterior durou cerca de dezoito anos, de 1946 a 1964, Este, a depender da conta, tem pelo menos 25 anos.
Interessante, não?
Mais tempo de democracia eleitoral e, como que "por acaso", a esquerda consegue chegar e continuar no governo federal.
Setores da oposição de direita acham que isto pode não durar muito.
Segundo Rubens Ricúpero (aquele do que é ruim a gente esconde), "a última coisa de que precisávamos era de uma sociedade rachada ao meio, polarizada e radicalizada. Como tivemos nos dois anos e meio de paralisia antes do golpe militar". (FSP, 27/10)
A oposição de direita faz este tipo de ameça & chantagem e ainda acham que os "moralmente primitivos" somos nós???
Mas nem tudo são pedras.
Veja nos brindou também com uma frase de Winston Churchill: "Os problemas da vitória são mais agradáveis do que aqueles da derrota, mas não são menos difíceís".
Tão difíceis, que geram realinhamentos políticos e teóricos surpreendentes.
Recentemente, um intelectual vinculado à esquerda da esquerda escreveu um texto cheio de moderação, acerca do tema reforma política & Constituinte exclusiva.
E um intelectual vinculado à esquerda moderada do PT publicou num semanário paulista texto em que critica as atitudes de Dilma na semana pós-eleição, pedindo coerência e radicalização.
Sob imensa pressão da direita, com um governo e uma esquerda (não apenas o PT, mas toda a esquerda) que precisam trocar de roda com o carro andando (ou seja, trocar de estratégia sem desacumular o que conseguimos até agora), é inevitável que haja muita confusão no próximo período.
O que não podemos esquecer, mesmo em meio a confusão, é que o lado de lá nos acha moralmente primitivos. E, portanto, fará de tudo para semear a confusão, a cizânia e o desalento entre nós. Assim, façamos como os primitivos: em caso de dúvida, nos guiemos pelo faro.
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