1)Amanhã é o dia da eleição, qual a sua avaliação do processo nesses meses que antecederam o PED?
Comparado aos partidos tradicionais brasileiros e mesmo comparado a alguns partidos de esquerda, o processo de eleição direta das direções petistas é algo muito rico. Agora, se julgarmos o PED à luz dos nossos próprios parâmetros e à luz das necessidades do próprio PT, este processo eleitoral interno está repleto de insuficiências e de problemas muito graves. Como já dissemos várias vezes, o PED converte nossos filiados em eleitores, quando o que precisamos é de militantes. Apesar deste contexto negativo, nós e outros setores do Partido cumprimos as regras, combatemos as distorções e principalmente insistimos no debate político: o PT precisa mudar. Mudar de estratégia, em direção a reformas estruturais e ao socialismo. Mudar de tática, para que o segundo mandato Dilma seja muito superior ao atual. E mudar de funcionamento, com autonomia financeira, formação e comunicação de massas, aproximação aos movimentos sociais, diretórios, núcleos e setoriais que funcionem efetiva e permanentemente, não apenas nos anos pares, não apenas para fins eleitorais. Quanto ao resultado em si, vamos avaliar depois: a hora é de lutar para vencer, para garantir segundo turno nas disputas presidenciais e diretórios partidários em que todas as correntes internas estejam representadas, especialmente a esquerda petista. Para isto contamos com (e aproveitamos para agradecer) a militância, mobilizada voluntariamente, combatendo máquinas e poder econômico, apoiada em convicção política e ideológica.
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