O Cid Benjamin respondeu o seguinte a minhas críticas a seu texto
Caro Valter, não vou me alongar.
Apenas registro algumas coisas rapidamente, até porque não considero essa questão - estar presente ou não à posse formal de B - tão relevante assim.
1. Não se trata de estender a mão a B. Aliás, sabemos bem que não foi o PSol que tentou aplacar a direita tentando agradar e dando poder a direitistas. Agora, situação normal ou não, a questão é outra: saber que política e que comportamento nos ajudam a reverter a situação em que estamos. Penso que é aí que o debate deve se situar, e não em quanto B é isso ou aquilo. E - menos, Valter - é clara forçação de barra dizer que estar presente à posse formal, organizada pelo TSE, seria "começar o governo num ambiente de convívio amigável".
2. Depois daquela última resolução do DN do PT (não vou adjetivá-la), você vem dizer que Dilma fez autocrítica do estelionato eleitoral? Numa reunião fechada? Menos, Valter.
3. Releia meu post. Não disse que o PT se recusou a assinar a Constituição de 88. Eu me referi à polêmica aberta no partido sobre assinar ou não. Ou você não se lembra que ela existiu? Menos, Valter.
Fico por aqui, te mandando um abraço com a certeza de que estaremos lado a lado nas próximas trincheiras.
Cid Benjamin
Começo pelo ponto 3. Acho que não sou eu que preciso reler a postagem, mas o próprio Cid. O que eu disse: que Cid conta apenas uma parte da questão (a assinatura), mas não conta a outra parte (o voto). Sobre a parte da assinatura, eu não tenho reparo ao que Cid disse. Não sei de onde ele tirou que eu acusei ele de ter dito que o PT se recusou a assinar. Meu reparo foi sobre a segunda parte, mais exatamente sobre o fato de ele não ter lembrado a decisão de votar contra. Na minha opinião, esta segunda parte do ocorrido tem importância para o momento atual, pois tratava-se também de uma questão formal (voto simbólico de aprovação da Constituição) e o PT optou por não votar a favor. Mostrando o óbvio: que certas formalidades são politicamente relevantes. Portanto. eu não entendi a reclamação de Cid, concluída com um "menos".
Passo ao ponto 2. Eu apenas relatei um fato: Dilma reconheceu, pela primeira vez que eu saiba, que a política do Levy foi neoliberal. Este fato pode ser ou não relevante. Na minha opinião, tem relevância para o debate proposto pelo Maringoni, não para o debate proposto pelo Cid. O Maringoni fez uma agressão ao PT, dizendo que nossa posição de não ir na posse seria "birra" e vinculou isto ao fato de Levy ter participado de governos petistas e agora estar escalado para o governo Bolsonaro. Eu apenas usei o exemplo da Dilma, mas poderia ter usado outros, para deixar claro que um tema não tem nada que ver com outro. Infelizmente, Cid resolveu assumir para si o tema, que -- reitero -- só apareceu na roda porque Maringoni resolveu usar um termo totalmente insólito ("birra"). Portanto, tampouco entendo por qual razão Cid pede "menos".
Agora ao ponto 1. Nessa polêmica, eu defendo a posição do PSOL e a posição do PT. Nessa polêmica, Cid ataca a posição do PT e a do PSOL, que é seu partido. Talvez por isso, tanto ele quanto Maringoni preferem criticar o PT, para atacar por tabela a posição do PSOL. Direito deles. Cada um faz a luta interna como acha melhor. Mas como sei que é isso, não vou responder a frase segundo a qual "sabemos bem que não foi o PSol que tentou aplacar a direita tentando agradar e dando poder a direitistas". Ela faz parte de um estilo de luta interna que não agrega, só desagrega. Quanto ao mérito, meu ponto é o mesmo de Cid, a saber: como reverter a situação em que estamos. E eu acho que ajuda na reversão ter posição clara. Por isso não acho que seja forçação de barra dizer que estar presente à posse formal, organizada pelo TSE, seria "começar o governo num ambiente de convívio amigável". Melhor dizendo: seria forçação de barra, mas num sentido diferente do criticado por Cid. Pois mesmo que o PT quisesse começar num ambiente amigável, Bolsonaro não permitiria.
Por fim: menos a parte, não acho que o tema da posse seja menor. Por isso fico muito satisfeito que a esquerda marche unida nesta questão. É agindo assim que conseguirmos estar juntos nas trincheiras presentes e futuras.
Caro Valter, não vou me alongar.
Apenas registro algumas coisas rapidamente, até porque não considero essa questão - estar presente ou não à posse formal de B - tão relevante assim.
1. Não se trata de estender a mão a B. Aliás, sabemos bem que não foi o PSol que tentou aplacar a direita tentando agradar e dando poder a direitistas. Agora, situação normal ou não, a questão é outra: saber que política e que comportamento nos ajudam a reverter a situação em que estamos. Penso que é aí que o debate deve se situar, e não em quanto B é isso ou aquilo. E - menos, Valter - é clara forçação de barra dizer que estar presente à posse formal, organizada pelo TSE, seria "começar o governo num ambiente de convívio amigável".
2. Depois daquela última resolução do DN do PT (não vou adjetivá-la), você vem dizer que Dilma fez autocrítica do estelionato eleitoral? Numa reunião fechada? Menos, Valter.
3. Releia meu post. Não disse que o PT se recusou a assinar a Constituição de 88. Eu me referi à polêmica aberta no partido sobre assinar ou não. Ou você não se lembra que ela existiu? Menos, Valter.
Fico por aqui, te mandando um abraço com a certeza de que estaremos lado a lado nas próximas trincheiras.
Cid Benjamin
Começo pelo ponto 3. Acho que não sou eu que preciso reler a postagem, mas o próprio Cid. O que eu disse: que Cid conta apenas uma parte da questão (a assinatura), mas não conta a outra parte (o voto). Sobre a parte da assinatura, eu não tenho reparo ao que Cid disse. Não sei de onde ele tirou que eu acusei ele de ter dito que o PT se recusou a assinar. Meu reparo foi sobre a segunda parte, mais exatamente sobre o fato de ele não ter lembrado a decisão de votar contra. Na minha opinião, esta segunda parte do ocorrido tem importância para o momento atual, pois tratava-se também de uma questão formal (voto simbólico de aprovação da Constituição) e o PT optou por não votar a favor. Mostrando o óbvio: que certas formalidades são politicamente relevantes. Portanto. eu não entendi a reclamação de Cid, concluída com um "menos".
Passo ao ponto 2. Eu apenas relatei um fato: Dilma reconheceu, pela primeira vez que eu saiba, que a política do Levy foi neoliberal. Este fato pode ser ou não relevante. Na minha opinião, tem relevância para o debate proposto pelo Maringoni, não para o debate proposto pelo Cid. O Maringoni fez uma agressão ao PT, dizendo que nossa posição de não ir na posse seria "birra" e vinculou isto ao fato de Levy ter participado de governos petistas e agora estar escalado para o governo Bolsonaro. Eu apenas usei o exemplo da Dilma, mas poderia ter usado outros, para deixar claro que um tema não tem nada que ver com outro. Infelizmente, Cid resolveu assumir para si o tema, que -- reitero -- só apareceu na roda porque Maringoni resolveu usar um termo totalmente insólito ("birra"). Portanto, tampouco entendo por qual razão Cid pede "menos".
Agora ao ponto 1. Nessa polêmica, eu defendo a posição do PSOL e a posição do PT. Nessa polêmica, Cid ataca a posição do PT e a do PSOL, que é seu partido. Talvez por isso, tanto ele quanto Maringoni preferem criticar o PT, para atacar por tabela a posição do PSOL. Direito deles. Cada um faz a luta interna como acha melhor. Mas como sei que é isso, não vou responder a frase segundo a qual "sabemos bem que não foi o PSol que tentou aplacar a direita tentando agradar e dando poder a direitistas". Ela faz parte de um estilo de luta interna que não agrega, só desagrega. Quanto ao mérito, meu ponto é o mesmo de Cid, a saber: como reverter a situação em que estamos. E eu acho que ajuda na reversão ter posição clara. Por isso não acho que seja forçação de barra dizer que estar presente à posse formal, organizada pelo TSE, seria "começar o governo num ambiente de convívio amigável". Melhor dizendo: seria forçação de barra, mas num sentido diferente do criticado por Cid. Pois mesmo que o PT quisesse começar num ambiente amigável, Bolsonaro não permitiria.
Por fim: menos a parte, não acho que o tema da posse seja menor. Por isso fico muito satisfeito que a esquerda marche unida nesta questão. É agindo assim que conseguirmos estar juntos nas trincheiras presentes e futuras.
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