segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Frente aqui, guerra ali

Em São Paulo capital, muitos partidos de esquerda e de centro estão unidos em torno da candidatura Boulos prefeito. Levando muitos analistas a comemorarem a materialização da “frente indispensável à derrota de Bolsonaro”, frente que alguns destacam não ser protagonizada pelo PT.

Já na cidade de Recife, a disputa entre uma candidatura petista e uma candidatura "socialista" divide partidos que em São Paulo marcham unidos. Divide não é a palavra: confronta. Ciro Gomes, Flávio Dino, PSB, PDT e PCdoB usam ou estão deixando que se utilize, em seu nome, argumentos e métodos típicos do bolsonarismo, da extrema-direita, do esgoto político.

Logo saberemos qual será o resultado eleitoral em ambas e noutras cidades. E virá o momento do balanço. Mas fica aqui o registro: para nós, o objetivo é derrotar o bolsonarismo e o ultraliberalismo; mas para alguns, o objetivo real é derrotar o PT. O resto é conversa para boi dormir.

Boulos prefeito!

Marília Arraes prefeita!

Edmilson prefeito!

Manuela prefeita!

Pela vitória do 13, também, em Juiz de Fora, Contagem, Mauá, Guarulhos, Diadema, Vitória, Anápolis, Santarém, Feira de Santana, Vitória da Conquista, Cariacica, São Gonçalo, Caxias do Sul e Pelotas

ps. é assunto menor, mas não posso deixar de registrar como é divertido ver pessoas que desrespeitaram a disciplina partidária no primeiro turno, se tornarem agora campeões desta disciplina partidária no segundo turno. Antes o papel aceitava tudo. Agora são as redes sociais que aceitam tudo...

5 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  2. Nessa aliança em torno do Boulos, Ciro, Marina e Dino, tem zero vereadores eleitos na capital. É o tipo de apoio que não se transforma em projetos para a população. Se eleito, Boulos terá 14 vereadores, 6 do psol e 8 do pt, pois até os 2 do psb, estão ligados a direita. A estratégia dos intelectuais visionários, em concentrar-se nos votos do pt, não fez a esquerda com sua novidade, emplacar uma camara mais saudável para a população. A única estratégia que tinham no primeiro turno era uma vingança contra o pt e seu candidato que veio das bases do partido. Querem nossos votos, mas nos odeiam.

    ResponderExcluir
  3. Uma pergunta ainda sem resposta: por que se impediu uma coligação PT/PSOL ou PSOL/PC do B ou PT/PC do B logo no início da campanha?

    ResponderExcluir
  4. Por que isso não ocorreu também em Curitiba ou no Rio de Janeiro?

    ResponderExcluir
  5. Valter, não vamos dar asas a ilusões. A extrema-direita dobrou a votação nessas eleições. A esquerda ficou no mesmo patamar (ruim) de 2016. Como que votar em um farsante como Boulos é "derrotar o bolsonarismo"? Inclusive, muitos bolsonaristas votam em Boulos!

    O fascismo se combate nas ruas, ponto. Essas "frentes eleitorais" de combate ao fascismo são antes uma cobertura para operações políticas nada "kosher", como por exemplo, destruir o PT.

    Precisamos falar sobre "frente ampla sem o PT na cabeça". E Guilherme Boulos, nesse quesito, é uma peça anti-PT, anti-Lula, com um chantilly bem esquerdista. Mas como a definição do voto costumar ser muito superficial (votar no esquerdista, mesmo se sua política for de direita), o jogo está dado. Basta observar agora os burros darem n'água.

    ResponderExcluir