Eu ouço a Jovem Pan. Mas confesso que tenho cada vez mais dificuldade em ler a Folha.
Por exemplo o artigo assinado por Lygia Maria e publicado na
edição de 12 de outubro, sobre o prêmio Nobel da Paz dedicado à fascista Maria
Corina.
O artigo de Lygia Maria tem o seguinte título: “Discurso
petista pró-democracia é balela”.
Segundo Lygia Maria, “o petismo é avesso à liberdade
política”.
No artigo, o único exemplo citado para fundamentar essa opinião
é o caso da Venezuela.
Quem quiser conhecer as polêmicas no PT acerca da Venezuela veja
aqui: Venezuela
em debate. Valter Pomar, 2024 - ELAHP
Segundo Lygia, Corina seria “uma ativista latino-americana
que luta pelo fim da ditadura de uma nação vizinha”.
Mas Corina não é uma “ativista”, ela é dirigenta política de
uma das facções da oposição na Venezuela.
Esta facção é vinculada à internacional fascista liderada
pelo Vox da Espanha, como pode ser lido aqui: Conheça
o Foro de Madrid, iniciativa que fará contraposição ao Foro de São Paulo -
Conexão Política
Desta internacional fascista participa, entre outros,
Eduardo Bolsonaro.
Corina, como a própria Lygia cita, chegou a pedir uma intervenção
militar na Venezuela.
Em qualquer lugar do mundo, uma pessoa que pede uma
intervenção militar contra seu próprio país arrisca-se a juízo e condenação por
traição à pátria.
A escolha de Corina como Nobel da Paz contribui na escalada
militar dos EUA contra a Venezuela.
É por esses e outros motivos que mesmo pessoas contrárias ao
governo Maduro e também pessoas críticas ao PT, não aplaudem a escolha de Corina para o prêmio.
Mas Lygia Maria, assim como certos articulistas da Jovem Pan, são de outro planeta.
Vide a comparação indireta que ela faz, entre a ingerência militar dos EUA na Venezuela com a recente proposta de Trump acerca de
Gaza, um tipo de raciocínio que só ganha sentido no mundo paralelo onde os gringos são um instrumento da
paz.
Mas o que esperar de alguém que propôs jogar uma bomba nuclear
no Irã?
Mais detalhes aqui: Colunista
da Folha defende jogar bomba no Irã: "Malucos de toalha na cabeça"
Como se constata, Lygia é mesmo a pessoa certa para comentar e aplaudir
a escolha da fascista Corina para Prêmio Nobel da Paz.
E que a Folha seja sua plataforma, mais certo ainda.
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