quarta-feira, 25 de setembro de 2024

Amigos de Dirceu




Acabam de me contar que fui agraciado, pelo companheiro José Dirceu, com uma simpática referência!

O elogio foi feito numa plenária da vereadora Luna Zaratini. E compreendia, além deste que vos escreve, outros três amigos de Dirceu: Breno Altman, Rui Falcão e José Genoíno, este último presente fisicamente no momento do elogio.

Dirceu talvez não saiba, mas para além de elogiar, ele acabou de resolver um problema. Acontece que há vários meses Genoíno, Rui, Breno e eu temos nos reunido, mas nunca soubemos como nos denominar.

Quadrilha? Penal demais!

Quarteto? Sexy demais!

Clube do bolinha? Machista demais!

Gangue dos quatro? Esquerdista demais!

Já “quatro cavaleiros do apocalipse”, como nos denominou Dirceu na referida plenária, é genial!

Claro, para alguns pode soar meio esquisito, digamos assim, gostar de ser equiparado com a morte, a guerra, a fome e a peste.

Explico.

Para quem acredita, mas também para quem é apenas curioso,  o Apocalipse é dos capítulos mais controvertidos da Bíblia. 

Por este e por outros motivos, é possível fazer uma reinterpretação narrativa e ler a referência de Dirceu aos quatro cavaleiros do apocalipse como um paradoxal elogio, dirigido àqueles que aparecem em tempos catastróficos para lutar, em defesa da humanidade, contra as causas do apocalipse.

(Como podem ver, ter amigos pressupõe saber interpretar textos.)

Por tudo isso, como autoproclamado pastor da igreja dos marxistas leninistas dos últimos dias, confirmo que seguiremos cavalgando.

Com o Zé, sem o Zé e contra o Zé, quando assim for necessário. Afinal, amigos amigos, política à parte.


ps. outra fonte acaba de me contar que a referência aos “cavaleiros” já fora feita por outra pessoa, nosso combativo deputado Paulão! Como se pode ver, não vivemos em tempos em que o “love” está no ar…

ps2. um dos quatro sugeriu o que está no endereço abaixo como hino, no caso para os quatro cavaleiros do após-calipso: https://www.letras.mus.br/gilberto-gil/574296


6 comentários:

  1. Esse é de fato um fato histórico , esses muitas vezes se cutucaram divergindo em plenárias em reuniões, em encontros.
    O tempo passou e houve mudança de avaliações.

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  2. Como militante acho ótimo ver que apesar de divergência mais que pontuais, são de fato companheiros, a música é perfeita, gostei, vida longa aos Quatro Cavaleiros do Apocalipse!!

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  3. A crise não pode ser estética. É uma referência interessante. Ressignificar está na moda.

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  4. Apocalipse em grego, significa Revelação.
    Logo na abertura há uma benção especial ao leitor:

    Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.

    Acredito que os tempos estão aí à vista de todos. Se antes os camponeses no Brasil (Canudos, Contestado) ou na China (Taiping) ou Portugal (Fátima) enxergavam a batalha final, a fome, a peste, a guerra e a morte, hoje dirigentes materialistas percebem a mudança no espírito do tempo. Esta referência bíblica tem se repetido desde 2008 e talvez indique o inevitátel momento final.
    Será que o capitalismo ainda existe?
    Os estudiosos do Apocalipse, chamados de escatologistas (eschatos=fim) entendem que outras partes da Bíblia se ligam ao capítulo escrito por João. No chamado pequeno apocalipse hebraico do Velho Testamento, o livro de Daniel, profeta "mui amado" por Deus, descreve a cena de um gigante de pés de barro que representa os Impérios na História dos povos. O gigante após uma rocha(ou pedra) arremessada não mais se sustenta e finalmente se despedaça.
    Desculpe certo proselitismo, mas não me perdoaria se deixasse passar esse cavalo selado. Leiamos e sejamos abençoados.

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  5. Vamos lá marcar já um encontro presencial com esses quatro cavaleiros do apocalipse

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