Rio de Janeiro, 8 de junho
Passamos o ano de 2013 comemorando vitórias passadas: 33 anos de partido, 10 anos de governos.
Como estamos numa batalha, enfatizamos nossos êxitos.
Mas é importante apontar os problemas.
Nestes 33 anos, o PT sofreu mutações negativas, adaptando-se à americanização da política.
Por americanização da política, entenda-se: a influência do dinheiro, da mídia, do marketing e a ênfase no eleitoral.
Nestes 10 anos de governo, não conseguimos superar a hegemonia neoliberal. A força do setor financeiro, a manutenção das privatizações realizadas, a força do agronegócio etc.
Poderíamos falar aqui destes problemas.
Mas isto ainda nos manteria numa discussão sobre o passado.
O essencial é perceber que a situação mudou.
Em parte por mudanças na situação internacional, em parte por nossos êxitos, em parte por nossos erros, a situação mudou.
Situação internacional: por exemplo, deterioração das condições para nossas exportações.
Nossos êxitos: fizemos o máximo de ampliação das condições de vida, nos marcos da hegemonia neoliberal e da estrutura tributária vigentes.
Nossos erros: não desmontamos nada das casamatas de poder da burguesia, na cultura, na comunicação, no ensino privado etc.
Quando falamos que a situação mudou, queremos dizer que mudou a atitude de parte da burguesia frente ao nosso governo.
Com desculpas pela comparação abusiva, acabou a "fase A" do populismo, entramos na "fase B", de conflito.
Está em curso uma contraofensiva, para nos derrubar em 2018, se der em 2014, mas principalmente para nos condicionar a ação de governo e partido desde agora.
Setores do governo estão desnorteados, setores do partido estão paralisados.
É preciso começar do começo: outra política, outra direção.
O caso do RJ é emblemático neste contexto.
Se o RS é símbolo de um determinado tipo de política, se MG é símbolo de outro determinado tipo de política, o RJ é símbolo dos casos em que o PT foi sacrificado no altar da política de alianças com setores de centro-indo-para-a-direita.
E o RJ é, portanto, um espaço importante na batalha por outra política e outra direção.
No caso, a batalha não apenas pela candidatura própria, mas a batalha por recuperar os setores médios e por recuperar as bases na classe trabalhadora.
Como diz a citação que é a melhor parte do Inferno, os piores horrores estão reservados aos que não tomam partido em momentos de crise moral.
Passamos o ano de 2013 comemorando vitórias passadas: 33 anos de partido, 10 anos de governos.
Como estamos numa batalha, enfatizamos nossos êxitos.
Mas é importante apontar os problemas.
Nestes 33 anos, o PT sofreu mutações negativas, adaptando-se à americanização da política.
Por americanização da política, entenda-se: a influência do dinheiro, da mídia, do marketing e a ênfase no eleitoral.
Nestes 10 anos de governo, não conseguimos superar a hegemonia neoliberal. A força do setor financeiro, a manutenção das privatizações realizadas, a força do agronegócio etc.
Poderíamos falar aqui destes problemas.
Mas isto ainda nos manteria numa discussão sobre o passado.
O essencial é perceber que a situação mudou.
Em parte por mudanças na situação internacional, em parte por nossos êxitos, em parte por nossos erros, a situação mudou.
Situação internacional: por exemplo, deterioração das condições para nossas exportações.
Nossos êxitos: fizemos o máximo de ampliação das condições de vida, nos marcos da hegemonia neoliberal e da estrutura tributária vigentes.
Nossos erros: não desmontamos nada das casamatas de poder da burguesia, na cultura, na comunicação, no ensino privado etc.
Quando falamos que a situação mudou, queremos dizer que mudou a atitude de parte da burguesia frente ao nosso governo.
Com desculpas pela comparação abusiva, acabou a "fase A" do populismo, entramos na "fase B", de conflito.
Está em curso uma contraofensiva, para nos derrubar em 2018, se der em 2014, mas principalmente para nos condicionar a ação de governo e partido desde agora.
Setores do governo estão desnorteados, setores do partido estão paralisados.
É preciso começar do começo: outra política, outra direção.
O caso do RJ é emblemático neste contexto.
Se o RS é símbolo de um determinado tipo de política, se MG é símbolo de outro determinado tipo de política, o RJ é símbolo dos casos em que o PT foi sacrificado no altar da política de alianças com setores de centro-indo-para-a-direita.
E o RJ é, portanto, um espaço importante na batalha por outra política e outra direção.
No caso, a batalha não apenas pela candidatura própria, mas a batalha por recuperar os setores médios e por recuperar as bases na classe trabalhadora.
Como diz a citação que é a melhor parte do Inferno, os piores horrores estão reservados aos que não tomam partido em momentos de crise moral.
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