No dia 3 de dezembro de 2018, o professor Aldo Fornazieri
publicou um artigo intitulado “O PT, a militância e a sociedade”.
Nele, prossegue uma polêmica iniciada em artigo anterior, intitulado
“Destino de Lula: abandono e solidão”.
Fornazieri registra ter recebido “duas respostas diretas:
uma de Valter Pomar, ex-membro da Executiva Nacional do PT e outro de Gleisi
Hoffmann, presidente do partido”.
E agrega, de maneira quase ingênua: “Assim, o artigo atingiu
um de seus objetivos que consistia em provocar desconforto na direção do PT”.
Bolsonaro eleito, soberania nacional rasgada, direitos
sociais atacados, liberdades democráticas em questão, Lula preso, Dilma e
Haddad no alvo da justiça, boatos de cassação da legenda...
... e, como se não bastasse, Aldo Fornazieri escreve um artigo
que tem como um de seus objetivos provocar “desconforto” na direção do PT.
Definitivamente, nada está tão ruim que não possa piorar.
Mas como sou adepto da tese de que, em tempos de confusão e desorientação, não
se deve deixar nada sem resposta, vamos a este novo artigo de Fornazieri.
Comecemos pelo ataque que ele faz contra Gleisi Hoffmann, a
quem acusa de ter escrito um artigo “motivado pelo despeito”.
Despeito?
Fui lá no “pai dos burros” e achei duas definições para “despeito”:
“ressentimento produzido por desconsideração, desfeita, humilhação ou ofensa”; “desgosto
motivado pela preferência dada a outrem ou por decepção”.
Se entendi direito, Fornazieri acusa Gleisi de ressentimento
produzido pela ofensa.
Segundo Fornazieri, o artigo de Gleisi começa afirmando que ele
ofendeu "gratuitamente o PT, os nossos dirigentes e a nossa
militância".
Fornazieri acredita que seu artigo “não ofende absolutamente
ninguém. Trata-se de uma avaliação política que é comungada com milhares de
petistas e de ativistas sociais. Só escrevi o artigo sobre o assunto Lula
depois de ser instado por vários militantes e eleitores do PT.”
Estou seguro de que Fornazieri acredita mesmo ter sido
instrumento de “vários” e porta-voz de “milhares”, assim como estou seguro de
que ele acredita mesmo não ter ofendido “absolutamente ninguém”.
Mas usando o mesmo “método científico” adotado por
Fornazieri, eu arriscaria dizer que: 1) Gleisi só decidiu publicar seu artigo depois
de ser instada “por vários militantes e eleitores” e 2) o artigo de Gleisi
expressa uma avaliação que é “comungada com milhares de petistas e ativistas
sociais”.
Arriscaria dizer, também, que há dentro do PT quem ache Fornazieri
motivado pelo “despeito”, neste caso por “desgosto motivado pela preferência
dada a outrem ou por decepção”.
Espero não ter ofendido ninguém e, ainda assim, espero ter
demonstrado que este estilo literário adotado por Fornazieri não conduz a lugar
nenhum, entre outros motivos porque não é passível de “comprovação pelos fatos”.
Pulo a parte do artigo sobre a obrigação dos partidos em
geral prestarem esclarecimentos aos cidadãos em geral, assim como pulo o
parágrafo dedicado à polaridade “ética e transparência versus fake news”.
Passemos às conclusões: segundo Fornazieri, um partido
político democrático precisa ser “aberto, transparente, acessível, interativo,
dialógico”. E, claro, o PT “vem falhando nestes aspectos, tanto na comunicação
com a sociedade, quanto com a militância”.
Cá entre nós: Fornazieri não precisaria ter citado os arcana
imperii para chegar a esta conclusão.
Pois qualquer petista, inclusive os que não são doutores em ciência
política, sabem que o Partido “vem falhando”.
E qualquer petista gostaria que nosso partido fosse “aberto,
transparente, acessível, interativo, dialógico”. E eu acrescentaria, por minha
conta e risco: uma perfeição, um modelo de virtude, um ambiente amigável e tudo
o mais.
Mas todo petista sabe, também, que a vida anda dura, muito
dura.
Assim como sabe que os problemas enfrentados pelo Partido vem
de longe (inclusive da época em que Fornazieri era da direção) e vão demorar um
bom tempo para serem superados.
Por isso, não vejo sentido no estilo “arrombador de porta
aberta”, “descobridor da pólvora”, adotado por Fornazieri em várias passagens
de seu texto.
Ele descobriu, por exemplo, que além de graves problemas de
comunicação, “existem também erros políticos, no que diz respeito à campanha
Lula Livre”.
E agrega (anotem aí): “Existiram duas ocasiões, de certa
forma contínuas, que eram propícias para exercer o máximo de pressão pela
liberdade de Lula: a) no contexto da condenação e da prisão; b) no contexto da
sua candidatura à presidência da República. Nesses momentos havia uma
sensibilidade social bastante ampla em favor de Lula, em favor de sua
candidatura e contra a sua condenação e prisão. Nenhuma mobilização de
envergadura, configurada numa campanha sistemática, foi lançada nesses momentos”.
Como diria Jack, não quero ofender ninguém, assim vou por
partes.
Lula está preso. Portanto é óbvio que a campanha pela sua
libertação não teve, até o momento, êxito.
A questão é: ela não teve êxito por quais motivos?
Um dos muitos motivos é o seguinte: as instituições de
Estado estavam controladas por quem desejava condenar e prender.
Um segundo motivo é: a mobilização dos que eram contra a
condenação e a prisão não atingiu força suficiente para derrotar os que desejam
condenar e prender.
Por quais motivos foi assim?
Um dos muitos motivos é: as instituições do Estado burguês
estão aí para isso mesmo e, quando pudemos, não fizemos nada para alterar seu funcionamento
e composição, muito antes pelo contrário.
Outro motivo é: a maior parte da esquerda demorou a se dar
conta de que a condenação e a prisão viriam e, portanto, demorou a pensar em
tomar as medidas necessárias para enfrentar isso.
(Comentário: era uma absoluta minoria que dizia, desde 2015,
que viriam pela frente tempos de guerra. Era absoluta minoria, também, quem falava
com toda clareza o que estava no plano do lado de lá: condenar e prender Lula.)
Fornazieri desconsidera tudo isto (a postura majoritária nas
instituições do Estado, os erros acumulados etc.) e – fazendo um coquetel de Lenin,
Maquiavel e Lair Ribeiro—afirma que “uma das condições fundamentais do êxito
político diz respeito a como saber lidar com o momento, com a ocasião,
aproveitando-o”.
Verdade. Mas também é verdade que as chances de êxito tático
não brotam do laboratório mental da Escola de Sociologia e Política, elas são
construídas ao longo do tempo.
(Para usar uma imagem antiga, que Fornazieri deve lembrar: os
bolcheviques não tomaram o poder em outubro de 1917 apenas porque eram táticos
geniais, mas também porque haviam construído, ao longo de pelo menos 14 anos,
os instrumentos que tornaram possível materializar sua tática genial. E, mesmo
assim, não teriam tido êxito se as circunstâncias não fossem favoráveis, entre
elas os de cima não conseguirem mais governar como antes e os de baixo não
aceitarem mais ser governados como antes.)
Trazendo para os tempos modernos e para a discussão
presente: Fornazieri cobra do PT de 2016-2018 que faça algo para o que não se
preparou entre 1995 e 2015. E, o que é pior, Fornazieri não inclui na equação
este “detalhe”, talvez porque tenha “culpa no cartório” pelas opções do PT nos
anos 1990.
As campanhas realizadas, quando da condenação e da prisão, e
quando da candidatura de Lula à presidência da República, foram evidentemente insuficientes
para atingir os objetivos de anular a pena, impedir a prisão, libertar e
garantir a candidatura.
Mas é simplesmente falso dizer que “nenhuma mobilização de
envergadura, configurada numa campanha sistemática, foi lançada nesses momentos”.
Se isto fosse verdade, Haddad não teria recebido 31 milhões
de votos no primeiro turno, pois ao menos no primeiro turno sua candidatura foi
sustentada por Lula, pela campanha realmente existente em favor de Lula.
Apesar de ser falsa, porque Fornazieri insiste nesta
afirmação?
Porque é um mentiroso?
Não, de jeito nenhum. Fornazieri tem outros defeitos, não
esse.
Fornazieri insiste em repetir uma afirmação falsa, porque a
lógica dele é “maximalista”.
Noutras palavras: como não atingimos os objetivos desejados,
Fornazieri diz que “nenhuma” coisa foi feita, nada “capaz de criar força
suficiente para promover uma pressão para uma virada nos tribunais e nos meios
políticos em favor de Lula”.
O cidadão arromba porta aberta.
É óbvio que não demos uma virada.
Mas isso não quer dizer que “nenhuma” coisa, que “nada” foi
feito.
Quer dizer que não foi feito o suficiente.
E não foi feito o suficiente, devido a uma mistura de erros
táticos e de um acumulado de erros estratégicos nossos, mais um acumulado de
acertos do lado de lá.
Sobre estes últimos, Fornazieri nada fala. É como se a tal luta
de classes fosse travada no espelho de cristal da sala de jantar da vovó.
Fornazieri coloca no seu texto umas frases feitas extraídas
de certa (con)fusão entre Lenin, Maquiavel e Lair Ribeiro.
Uma destas frases diz assim: “Em política o êxito depende
também do respeito, da reputação e do temor. Respeito e reputação se conquistam
pelo exemplo da conduta, pela eficiência no agir e pela realização de feitos
significativos. O temor se conquista pela força que um agente dispõe e do saber
usá-la. No Brasil, país de capitalismo predatório e de elites predadoras e
golpistas, um partido progressista e de esquerda se faz respeitar e temer muito
mais pela força do que por outros predicados. É esta força organizada e
mobilizada que o PT ficou a dever”.
Claro que existe um grão de razão nesta argumentação de
Fornazieri.
O grão é o seguinte: o PT foi se domesticando, desde os anos
1990.
Em alguma parte deste tempo, Fornazieri defendia a domesticação.
Um PT mais domesticado era apresentado, entre outras coisas,
como útil para ganhar algumas eleições.
Mas quando a classe dominante mudou de conduta, a domesticação
virou uma armadilha, pois o único jeito de não levar mordida era mostrar os
dentes.
Mas havíamos desaprendido isto.
Este desaprender não tem, como Fornazieri parece achar, causas
apenas intelectuais, teóricas, ideológicas. O desaprender a “rosnar e morder” é
um problema essencialmente prático.
Os movimentos sociais, os sindicatos, os partidos de
esquerda, perderam capilaridade, capacidade real de mobilização, musculatura.
E uma parte de nosso partido (e de outras organizações de
esquerda) acreditou naquilo que vários, Fornazieri inclusive, defendiam nos
anos 1990.
Agora, precisamos reaprender velhas canções e antigas formas
de luta.
Sem levar em conta tudo isso, não vamos entender por quais
motivos tivemos imensos problemas de mobilização, por exemplo desde 2015 até
2018.
As pílulas de sabedoria que Fornazieri nos oferece não são
capazes de resolver este problema.
E a maneira como Fornazieri “passa carão” na direção não
ajuda, não porque a direção não mereça carão (quem sou eu para dizer o
contrário...). mas porque não identifica onde estão os problemas fundamentais .
Fornazieri diz que “a
responsabilidade de gerar cultura de mobilização e disposição de luta é dos
partidos, dos sindicatos e dos movimentos sociais. Nas décadas de 1980-90 o PT
mobilizava.
O fato é que nos treze anos de governo do PT, o partido não se
mobilizou e se afastou das bases, das periferias. Os sindicatos e alguns
movimentos sociais foram viver à sombra do poder. O que explica, por exemplo,
que no processo do impeachment que resultou no golpe somente no final de 2015
foi convocada uma manifestação em defesa da democracia e do governo? Já haviam
ocorrido várias manifestações, com milhares de pessoas, pedindo a derrubada de
Dilma”.
Por partes: é falso que somente “no final de 2015” tenha
sido convocada uma manifestação em defesa da democracia e do governo.
Recomendo a Fornazieri que leia a cronologia de 2015-2016,
publicada pelo insuspeito jornal O Estado de S. Paulo, para lembrar
os acontecimentos.
Nesta cronologia está registrado, no dia 13 de março de 2015,
o seguinte: “CUT, UNE e MST realizam manifestações em 23 Estados. Milhares vão
às ruas em defesa da Petrobrás, contra o impeachment da presidente e o ajuste
fiscal do governo federal.”
A cronologia está aqui: https://acervo.estadao.com.br/noticias/acervo,cronologia-protestos-2015-a-2016,12157,0.htm
Corrigida a informação falsa, vamos ao núcleo do problema: “Nas
décadas de 1980-90 o PT mobilizava. O fato é que nos treze anos de governo do
PT, o partido não se mobilizou e se afastou das bases, das periferias”.
Aqui tem dois problemas, que Fornazieri não percebe.
Problema um: mobilização, o PT fez a vida inteira e continua
fazendo. Inclusive nos anos de 2003 a 2016, quando estava na presidência, o PT
fez inúmeras mobilizações. A questão é que a natureza da mobilização, assim
como a natureza da relação com as bases, até mesmos as bases que se
mobilizavam, tudo isto foi se alterando.
Problema dois: não se combate um golpe com “mobilização” de
tipo normal.
Quem duvida, compare as manifestações em 1972 e 1973, no
Chile.
A maior manifestação foi feita na véspera do golpe. Mas os golpistas não
estavam mais contando povo nas ruas, estavam contando tropas.
Aqui no Brasil, para deter o golpe, teríamos tido que fazer
mobilizações de outro tipo. Para isso não bastava ter movimento social, governo
e partido. Era preciso ter movimentos, governo e partidos dispostos ao combate
total. E isto não tínhamos. E não tínhamos porque não construímos isso. E não
construímos isso porque não nos preparamos para o óbvio, para algo que iria
ocorrer mais cedo ou mais tarde: para a “insurreição da burguesia”.
Portanto 1, frases do tipo “os sindicatos e alguns movimentos
sociais foram viver à sombra do poder” nem chegam perto de arranhar o problema
real. Exceto pela insistência em falar de “poder”, algo que nunca tivemos, nem
chegamos perto de ter.
Portanto 2, Fornazieri incorre em erro quando afirma que “a
questão de fundo da crítica que o Pomar me dirige é a de que o PT é vítima do
golpe etc., etc., etc., e que, por isso, não pode ser culpado”.
O que eu disse é que Fornazieri é mais um dos que acham que “a
culpa” é do PT.
Mas isto não é “a questão de fundo”.
A resposta sobre qual é a questão de fundo está nas
respostas dadas para esta saraivada de perguntas que Fornazieri faz, como parte
de seu estilo literário, que deixa o antagonista desnorteado que nem um
boxeador que recebeu vários golpes.
Seguem as perguntas: “Por que só se mobilizou tardiamente em
2015? Por que na véspera da votação do impeachment o partido e o governo
avaliavam que venceriam a votação? Por que ministros do governo saíram do
ministério três dias antes da votação e foram votar contra a Dilma? O PT e o
governo não perceberam que tomavam café, almoçavam e jantavam com os inimigos?
E o que dizer dos ministros do STF cuja maioria foi constituída pelos governos
petistas?”
E quais as respostas?
Segundo Fornazieri, “o fato é que o PT tornou-se um partido
de gabinetes e de mandatos: perdeu as ruas, perdeu as bases, perdeu a
organização e perdeu a mobilização. Tudo isto, em boa medida, a resolução do
partido aprovada no final de semana reconhece. E isto é bom se se tornar
efetivo”.
Esta é a “questão”: Fornazieri dá uma resposta rasa para os
problemas de fundo que ele aponta.
Para começo de conversa, se o PT tivesse perdido tudo o que
ele fala, não teríamos tido 31 milhões de votos no primeiro turno.
Assim, talvez o certo seria dizer que o PT tornou-se um partido onde
gabinetes e mandatos tem mais peso do que deveriam ter, um partido que perdeu
parte das ruas, que perdeu das bases que já teve, que perdeu parte importante
da sua organização e perdeu parte importante da sua capacidade de mobilização.
Em segundo lugar, a questão é: por quê?
E a resposta é: porque
a orientação estratégica que prevaleceu no PT, desde 1995, pressupunha
que precisávamos de um partido para ganhar eleições, não para conquistar o
poder.
É esta orientação errada que está por detrás dos “erros”
listados, noutra saraivada de perguntas, pelo Fornazieri: “não foi um erro
formar a chapa com Michel Temer? Não foi erro, em 2010, se aliar a Sérgio
Cabral no Rio e apoiar Roseana Sarney no Maranhão contra Flávio Dino? Quem
nomeou os Procuradores Gerais da República que se voltaram contra o PT? Quem
nomeou os comandantes militares, os chefes da Abin, os diretores da PF?”
Portanto, me parece óbvio que o PT cometeu erros. E a questão não é
saber quais erros. Mas por quais motivos eles foram cometidos. E os motivos fundamentais estão ligados a uma visão estratégica equivocada.
O equívoco principal era o
seguinte: achar que se a gente tivesse como objetivos ser governo para ampliar
a democracia, o bem estar social, a soberania e a integração, deixando de lado
o socialismo e principalmente abrindo mão da luta pelo poder old style, o lado de lá não faria o que fez.
Mas o lado de lá fez o que obviamente faria, mais cedo ou mais tarde. Todo o restante, inclusive o golpe, a condenação, prisão e interdição de Lula, decorrem deste fato: o lado de lá mudou de estratégia.
Compreender isto é muito mais fácil do que construir uma estratégia capaz de enfrentar a nova situação.
Deste ponto de vista, os textos de Fornazieri -- escritos, segundo ele mesmo, tendo como um de seus objetivos "provocar desconforto na direção do PT" -- trazem mais sombras do que luz. Ou seja, até produzem algum desconforto, mas no lugar errado.
Algo bastante coerente, vindo de quem nega ser distópico, mas assume ser "movido por uma consciência estoica". Se lembro bem das lições filosóficas, a explicação está dada.
O artigo de Fornazieri está
disponível aqui:
https://www.brasil247.com/pt/colunistas/aldofornazieri/376670/O-PT-a-milit%C3%A2ncia-e-a-sociedade.htm
No referido artigo, Aldo polemiza
com Gleisi Hoffmann e com o autor destas linhas.
O artigo de Gleisi Hoffmann está
aqui: https://jornalggn.com.br/noticia/ninguem-separa-o-pt-de-lula-por-gleisi-hoffmann-em-resposta-a-aldo-fornazieri
E o meu artigo está aqui: htps://valterpomar.blogspot.com/2018/11/aldo-fornazieri-e-o-destino-de-lula.html
Bom !
ResponderExcluirFornazieri tem que analisar por que o lado de lá mudou de estratégia. Olhar a disputa geopolítica global, observar as dificuldades dos EUA pra entender por que a América Latina voltou a ser importante objeto de reconquista.
ResponderExcluirAqui A culpa é das estrelas ganhou novo título "A culpa é do PT"
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