O ministro Paulo Bernardo, em
entrevista concedida a jornal da grande imprensa, criticou a resolução adotada
pelo Diretório Nacional do PT, acerca da democratização da comunicação.
A entrevista do ministro tacha de "incompreensível" a posição do PT.
Em nossa opinião, o ministro considera "incompreensível" porque, em sua concepção das coisas, ele separa o que faz parte do mesmo universo.
É direito do ministro fazer críticas
ao PT, assim como é direito do PT criticar decisões do ministério encabeçado
por Paulo Bernardo.
Mas há maneiras e maneiras de exercer
os direitos recíprocos.
A entrevista do ministro tacha de "incompreensível" a posição do PT.
Incompreensível, por qual motivo?
Em nossa opinião, o ministro considera "incompreensível" porque, em sua concepção das coisas, ele separa o que faz parte do mesmo universo.
Não é mais
possível, no mundo da convergência digital, discutir democracia na mídia sem
discutir as teles.
Teles que oferecem
um péssimo serviço, mas serão beneficiadas com desonerações e isenções.
Como
sabemos, a redução de impostos não garante a desejada redução dos preços
cobrados.
O plano
atual do MinCom não assegura Banda Larga Universal e com Qualidade, tal como preconizado
pela Conferência Nacional de Comunicação.
Para
estender esse direito a todos os brasileiros, o melhor caminho nos parece ser o
de recuperar e revitalizar a Telebrás.
Outro
caminho, que parece preferido pelo ministro, é apostar todas ou quase todas
as fichas no setor privado.
Se coubesse
adotar o termo “incompreensível” utilizado pelo ministro, poderíamos dizer que
incompreensível é postergar para um futuro incerto o marco regulatório.
Ao declarar
a O Estado de S. Paulo que “não é fácil regular”, e ao reduzir
a regulação apenas às questões de combate à discriminação e de estímulo à
diversidade regional, o ministro capitula a uma situação de fato que só
beneficia o status quo.
Ou seja: beneficia
as empresas que formam o oligopólio que controla a comunicação de massa no
Brasil.
Tema que é
fartamente abordado nas deliberações da Conferência Nacional de
Comunicação, nas reivindicações dos movimentos sociais e nas resoluções do
Partido dos Trabalhadores.
Partido ao
qual o ministro Paulo Bernardo é filiado.
O sistema
de mídia brasileiro é oligopolizado, altamente concentrado tanto verticalmente
quanto horizontalmente, e totalmente voltado à obtenção de lucros, em
detrimento de suas funções sociais.
Produz
conteúdos de baixa qualidade, em desacordo até com as tímidas determinações da
Constituição Federal, e vem tomando partido contra a democratização da
sociedade brasileira.
Na
Inglaterra a mídia está sendo novamente regulamentada. Por que é que no Brasil
não pode, companheiro e ministro Paulo Bernardo?
Direção
Nacional da Articulação de Esquerda
19 de março
de 2013
Pois é. Tem ministros e ministros. Uma depuração antes das eleições de 2014 viria a calhar. Regulamentação já!
ResponderExcluirEspremendo o que disse o ilustre blogueiro, a regulação da mídia que tanto querem é para encobrir os malfeitos do partido que virão. Os que já tiveram visibilidade todo mundo já sabe.
ResponderExcluirPrezado
ExcluirLonge diso.
Tem que regulamentar, por conta dos interesses sociedade, não por conta dos interesses do PT. Que, como é óbvio, eu avalio de maneira diferente da tua.
Atenciosamente
Valter Pomar